sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Praça Durbar e Patan

Depois de quase um mês vagando pelo país, chegou a hora de retornar a Katmandu. Desta vez, tivemos a brilhante idéia de mudar nossa base para ‘Durbar Square’ ou Praça Durbar, que faz parte da cidade antiga. Composta por um labirinto de ruinhas estreitas, comércio local, prédios históricos e riquíssima arquitetura além de templos únicos onde o tempo parece ter parado.

A base arquitetônica da cidade antiga é o bahal ou baha, um conjunto de prédios, muitos dos quais eram originalmente monastérios, mas que com o passar do tempo foram adaptados a moradias e principalmente ao comércio local.

Por incrível que pareça à cultura ocidental, a capital vai para a cama cedo, assim como o restante do país. Mas não se preocupe, há sempre alguma coisa acontecendo do amanhecer às 10 horas da noite, tempo suficiente até para o turista mais exigente. Isso inclui ritos religiosos matutinos e vespertinos, restaurantes, cafés e artesanato da região. Além de um vibrante e colorido comércio que começa depois das 9 da manhã em sua maioria, já que as mulheres, em especial, deixam os lares pela manhã já com o almoço quentinho e crianças prontas para a escola.

Para nós foi uma experiência mais real de Katmandu, pois, apesar de ser bem turística - e não poderia ser diferente, Durbar Square, concentra ainda um pouco da essência rural e das tradições que tivemos oportunidade de conhecer pelo interior do país.

O fascinante palácio real, chamado Durbar ( daí o nome Praça Durbar) ocupa grande parte da praça, mas isso não quer dizer que os demais prédios sejam menos impresssionantes. Kumari Chowk, por exemplo é lar dos deuses vivos, ao pé da letra. Vacas vagando em meio a pedestres, buzinas de um trânsito maluco de motos (carros são proibidos no local) e uma infinita concentração de pombos, pasme, são alimentados ao londo do dia. Tudo muito surreal, pelo menos para nós, meros ocidentais frente a uma das religiões mais antigas do mundo.

Durbar Square e a Cidade Antiga 

Pela falta de tempo – nos dois sentidos (rs…) não aprofundamos nossa expedição pela praça. Durante o dia é preciso pagar uma taxa de 300 rupies para ter acesso a esses prédios. Como nosso plano era fazer uma caminhada pela cidade antiga, aproveitamos o entardecer, quando já não é preciso pagar ingresso para a visitação.

Ainda nesse espírito histórico e aventureiro, no dia seguinte, pegamos um ônibus local rumo a Patel. Demorou um pouco para acharmos o ponto de ônibus certo, pergunta daqui, pergunta dali... E na correria do terminal de vans local, fomos encaminhado finalmente ao ponto de partida.

A lembrança da poluição e do trânsito caótico da contemporânea Katmandu ficou pra trás quando conhecemos Patan. Situada ao sul, o município foi um dia capital de um reino independente, hoje contudo faz parte da conurbação da capital.

Um local que respira história e arte com seus monastérios, templos, restaurantes, artesãos, arte nepalesa e tibetana e, certamente, turistas de todos os cantos à procura da melhor barganha. Além de uma considerável comunidade estrangeira, predominantemente, funcionários de organizações não governamentais internacionais e instituições de caridade. Viagem no tempo, uma verdadeira aula de arte e história no coração do Nepal.

Patan

2 comentários:

  1. Que fotos maravilhosas, lugares idem; ou melhor, é ao contrário!!! Sonho com Katmandu. Maravilhosa experiência. Beijos, meus amores!!
    Berê

    ResponderExcluir
  2. Querida, pode ter certeza que pensamos em você o tempo tudo. Katmandu é a sua cara. Beijos no coração.

    ResponderExcluir