quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A corrida maluca

Imagine o veículo mais rápido, seguro e confortável do mundo. Então, imagine o contrário. Três rodas, metade da potência de um cavalo e muito mais divertido do que qualquer outro veículo no planeta terra… Agora pense nessa máquina da engenharia cortando o Himalaia, ou o deserto do Rajastão.

A Corrida de Riquexó é bastante simples. Sem nenhuma preparação e bagagem mínima, você vai voar para o subcontinente indiano e fazer o seu melhor para sobreviver, curtir e dirigir por milhares de quilômetros pelas piores e mais divertidas estradas do mundo pelo período de duas semanas sem nenhum apoio. Bom é isso. Aventureiros dos 4 cantos cruzam metrópoles, selvas tropicais, monções, desertos, vales e um litoral histórico de águas tranquilas, percorrerendo uma das três rotas de aventura disponíveis no programa.

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Se você já sabe que a vida sem o Run Rickshaw será muito chata, com proporções insuportáveis, tudo que você precisa fazer é se registar no site para a próxima temporada. As vagas para as corridas de primavera, outono e inverno de 2011 já estão esgotadas, mas ainda existe uma lista de espera para as três edições. Se você curtiu a programação, atividades semelhantes acontecem também na América do Sul, à partir de maio de 2011.

A corrida é brincadeira séria. Os participantes fazem o compromisso de arrecadar pelo menos mil libras ou 2,690 reais por equipe para as instituições de caridade participantes do evento.São selecionadas instituições que atuam nas regiões por onde acontece a corrida de aventura. Por serem em número pequeno, cada organização recebe uma quantia significativa para beneficiar os seus projetos.

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Crédito fotos sentido horário:
foto 1 - (fila de tuk tuk) www.thelifeofadventure.com/rickshaw-run
foto 2 - www.jaunted.com
foto 3 - www.blog.theadventurists.com
foto 4 - www.trivialmatters.blogspot.com                                                                                     foto 5 - (organograma) http://rickshawrun.theadventurists.com/index.php

Para maiores informações, não deixe de conferir o site dos organizadores. Ah, e boa diversão!

http://rickshawrun.theadventurists.com/index.php

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tuk tuk

O ‘auto rickshaw’ (auto riquixó ou riquixá), auto, rickshaw, ou simplesmente tuk-tuk é um triciclo com cabine para transporte de dois ou três passageiros muito utilizado em países asiáticos, como Bangladesh, Camboja, Nepal, Índia, Laos, Filipinas, Paquistão, Sri Lanka e Tailândia, bem como na Guatemala, Peru e alguns países Africano, como Etiópia, Sudão e em algumas partes do Egito.

O original meio de transporte comemorou recentemente o seu 50 º aniversário desde a primeira linha de produção na Índia, em 1957. Dizem que esse simpático nome, tuk-tuk é em função do som de seu ‘potente’ motor. Nada se compara a sua agilidade, esses pequenos notáveis são ‘pau para toda obra’ e circulam milagrosamente entre pessoas, vacas, bicicletas, motos, outros riquixós, carros e caminhões.

Além disso, esse é o melhor modo de transporte para dar uma olhada de perto na vida como ela. Só assim é possível ver as cores e os cheiros das ruas, ouvir a pechincha local e ainda curtir os macacos na beira da estrada. Não é para os fracos de coração, mas certamente vai mudar o seu jeito de ver a vida.

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Os auto riquixós são utilizados em toda a Índia, mas as regras variam e as tarifas são relativas. Na teoria, em algumas áreas existem medidores – pelo menos é o que dizem, porque nós por exemplo, não circulamos em nenhum carrinho que tivesse ‘taxímetro’ na ativa. O que vimos é que em algumas cidades existe o trajeto pré-pago saindo das principais estações de trem.

Quase sempre, os medidores dos carros são apenas enfeite e por isso você deve usar suas habilidades de negociação. O primeiro passo seria perguntar no hotel onde se está hospedado qual seria o valor justo de um passeio a partir do ponto A para B. Vale a pena sempre estabelecer um preço com antecedência para evitar aborrecimentos, afinal o combinado não é caro.

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Bienvenue a Pondy

Minha cabeça não é mais a mesma. A empolgação de ter chegado em Goa foi tão grande que eu acabei esquecendo de comentar sobre nossa passadinha relâmpago em Puducherry, ainda no estado de Tamil Nadu, do ladinho de Auroville. Mesmo fora de ordem, vale a pena comentar e postar umas fotinhas deste charmoso QG francês.

Puducherry conhecida também como Pondicherry ou simplesmente Pondy, para os íntimos, (ulalá! rs…) foi colonizada pela França e estabelecida como capital dos territórios franceses da Índia em 1674.

A cidade foi a maior colônia francesa no país. A influência mediterrânea é especialmente percebida nos bairros antigos e turísticos, com ruas e avenidas ladeadas de casarões, igrejas, sinalização em francês, elegantes cafezinhos, galerias de arte e boutiques, embora a parte nova da cidade seja bastante indiana.
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Pondy tem um mix bastante agradável do Oriente e do Ocidente, sendo também conhecida como a Riviera Francesa do Oriente (La Côte d'Azur de l'Est). A cidade tem dupla personalidade e a travessia de leste a oeste do canal central revela duas cidades com características ricas e bastante diferentes.

A semelhança com a nossa arquitetuta colonial é grande e em alguns momentos pensamos estar passeando pelas cidades históricas mineiras ou em Parati. O plano era tirar várias fotos e bater bastante perna, mas o dia cinza e a forte chuva não ajudaram nem um pouco...


Sugestões de passeio, de preferência sem chuva! rs…

Sri Aurobindo Ashram – Em 1910 o líder espiritual Sri Aurobindo fez de Pondicherry sua casa até sua morte em 1950.

Swadeshee Bharathee Textile Mills Limited (Fábrica de Tecelagem)

Eglise de Sacré Coeur de Jesus - Igreja Sagrado Coração de Jesus

Pondicherry Museum – Museu de Pondicherry

Villayanur Sri Gokilambal Thirukameswarar Temple - (Templo Hindú)

E uma caminhadinha pelas tranquilas ruas do bairro antigo, próximo ao mar. Que tal?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Be my Valentine

São Valentim (Saint Valentine) é considerado o protetor dos casais. No dia do seu aniversário, 14 de fevereiro, diversos países do mundo, inclusive a Índia, comemoram o Dia dos Namorados. Então uma feliz segundona de dia dos namorados pra você!

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sossegado meu rei

É verde, cheia de coqueiros e repleta de graça. Goa é conhecida por suas excelentes praias, igrejas, arquitetura, além de um peixinho fresco, é claro.

Em nenhum outro lugar da Índia você vai encontrar o calor, ‘sossego’ e vibração harmônica de tantas culturas. Misture um pouco de vinho português, sabores dos quatro cantos do mundo e arquitetura colonial. Além de pitadas coloridas de islamismo, hinduísmo e catolicismo. Pronto, é isso. Bem-vindo a Goa. Não é a Bahia, mas também é terra de todos os santos.

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A praia de Anjuna é muito conhecida pelos hippies, música eletrônica e deliciosos e variados peixinhos ao curry. Porém, mais do que a presença da turma hippie, Anjuna é conhecida pelo seu mercado semanal. Anote aí, às quartas-feiras de sol escaldante você vai encontrar livros usados, jóias, esculturas, roupas, acessórios, artesanato, temperinhos dos deuses e até um corte de cabelo. Negociar é uma parte emocionante da experiência. Indianos, nepaleses, tibetanos, mercadores da Caxemira, mulheres do Rajastão e viajantes de todo mundo participam da diversão.

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Goa tem a ‘prainha’ perfeita para todo turista; coqueiros, cabanas de madeira, muitos restaurantes e algumas vaquinhas, afinal elas não poderiam faltar. A temperatura é quente, areia macia, água morna e ondas tranqüilas.

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O mar calmo e uma brisa quente e relaxante de final de tarde, vem nos receber. Algumas pessoas dançam na areia, outras tribos fazem caminhada, brincam na areia com as crianças, já outros fazem uma espécie de veneração ao belíssimo pôr-do-sol e de repente, uma vaca zen completa o cenário, que mais parece uma tela do Dalí. Isso é que é vida…

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vamos a lá praia oh oh oh oh oh

Depois de muita história, cultura, vida selvagem e aventura chegou a hora de curtir uma praia. O plano era explorar o estado de Kerala e na sequência, Goa, mas como (pra variar) o tempo estava curto, fizemos a opção de conhecer apenas Goa.

Ouvimos dizer que Kerala é mais conservador e por lá não existe o hábito de usar roupas de banho como as nossas. Esse foi o fator decisivo na nossa escolha, porque depois de tanto tempo de calça comprida chegou a hora do casal ‘boto rosa’ tomar um solzinho esperto e dourar a cútis ‘amarelo-londrina’.

Infelizmente não conseguimos comprar passagens de trem e o jeito foi voar para Panaji (Panjim era o antigo nome português), capital do estado. De lá pegamos um táxi para Anjuna e foi só alegria. Fomos recebidos com um ensolarado final de tarde e inúmeras paisagens de cartão postal. Hum... acho que chegamos num pedacinho do paraíso...

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Goa encontra-se a 400 km sul de Bombaim. É o menor dos estados indianos em território, quarto menor em população, e o mais rico em PIB per capita da Índia. A sua língua oficial é o concani, porém, devido ao domínio de Portugal por mais de 400 anos, ainda existem pessoas que falam português -  é o que dizem, porque nós não conhecemos nenhum ser que falasse a língua da Terrinha. Em 1510, o pequeno estado considerado a 'Roma do Oriente', tornou-se a capital do Estado Português da Índia, tendo sido integrada à União Indiana somente em 1961.