Pois é meu povo, mal deu tempo de recuperar do zig zag de Lumbini e já está na hora de ‘picar a mula’ de novo… Nosso rumo agora é Chitwan, o parque nacional mais visitado do país. A trajetória foi longa, até que tentamos embarcar direto no ônibus local para Narayangadh mas rolou um imprevisto. Compramos as duas últimas passagens do ‘bus’ das 6h30 da manhã e já no embarque descobrimos que as nossas poltronas eram da última fileira, juntamente com mais 3 mulheres, cheias de badulaques no colo.
Eu até consegui me espremer na janelinha, mas o Fefê com suas ‘perninhas’, não teve jeito. Mesmo assim, ele sempre muito positivo, pensou no plano B… viajar em pé mesmo, para entrar no clima. Só um detalhe, o teto também é tão baixo que não cabia o rapaz… o jeito foi pedir arrego. Tivemos que criar uma cena de desespero e pedir o dinheiro de volta da passagem. Conversa vai, conversa vem, depois de muuuuita negociação, deu certo. Vamos ao plano C.
De Lumbini pegamos um táxi até Bhairahawa e de lá, em 15 minutos já conseguimos transporte para Narayangadh. Ufa que alívio, esse coube nossas pernocas. Pois bem, mais uma etapa cumprida, após 5 horas chegamos em Narayangadh onde pegamos uma van para Tadi Bazaar e de lá, também de cara pegamos um bus, finalmente para Sauraha.
O nome Chitwan significa coração da selva, uma descrição que na verdade, limita-se somente à área de preservação do parque e florestas comunitárias. O restante do vale já é bastante povoado, mas que de qualquer forma, proporciona uma experiência mais real da vida rural local e a oportunidade de conhecer a fauna e flora local que um dia cobriu praticamente todo o Terai.
Apesar do cansaço, não perdemos muito tempo e já fomos bater perna. Primeiro parada, pôr-do-sol às margens do Rio Rapti. Após cerca de meia hora de caminhada, passando por alguns vilarejos, chegamos ao rio, onde tivemos chance não só de apreciar o entardecer mas também a passagem de dezenas de búfalos pelo local, o que deixou tudo ainda mais interessante.
Mas a diversão do nosso fim do dia não parou por aí… No outro lado do rio tivemos a chance de curtir um jogo de hóquei de elefantes, é mole? Coisa de gente grande, ou melhor, bicho grande.
Para terminar ainda visitamos o Elephant Breeding Centre, um projeto de reprodução de elefantes anexo ao Parque Nacional do Chitwan. Este projeto, ajuda no repovoamento de elefantes no parque e na manutenção dos animais usados nos safaris.
É impossível não se apaixonar por esses gigantes, que apesar do tamanho, têm sempre um olhar meigo e cativante. O centro abriga entre os vários elefantes, uma fêmea com dois filhotes gêmeos. Os únicos gêmeos do Nepal. Cuti, cuti!
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