terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Pé de Cachorro na estrada

A verdadeira Índia só se conhece na estrada. Deixamos Dharamsala e seguimos com nossos amigos rumo a Corbett Tiger Reserve. A distância não é tão grande, algo em torno de mil quilômetros, mas por aqui isto significa quase dois dias de viagem.

O movimento da estrada em si, já é algo bem diferente e curioso. Além de carros, ônibus e caminhões, o percurso é também dividido com bicicletas, pedestres (no meio da estrada, é claro), gado, tuk-tuk, mercados ambulantes, elefantes, veículos não identificados e muito mais.

As regras de trânsito (se é que elas existem por essas bandas) não são muito claras, e andar na contra-mão ou fora da estrada e, ultrapassar pelo lado errado fazem parte do dia-a-dia de qualquer motorista. A única regra seguida por todos é a da buzina: pode fazer merda (perdoem o vocabulário, mas é isso mesmo), uma atrás da outra, mas não deixe de buzinar. É buzinando que a gente se entende! E de uma certa forma – do jeito deles, parece que funciona.

Nesse ritmo ‘mucho loco’, a maioria dos estrangeiros leva um tempo para relaxar e parar de rasgar o banco do carro (risos). Essa bagunça também reflete no tempo de viagem, a média aqui raramente passa de 50 km/h, ficando muitas vezes em 40 ou até 30 zzzzz… Acorda o motorista gente!

Passado o ápice da tensão, a viagem de carro continua colorida, com um riqueza de detalhes de encher os olhos… começando pelos caminhões que por aqui são individualmente decorados (conhecido como truck art), e continua na variedade de vida pararela às estradas e outras surpresinhas pelo caminho.
rio ganghi 05-12
Tivemos a oportunidade de cruzar um Haat (mercado) de domingo que acontece teoricamente nas margens da rodovia, mas que, devido ao grande movimento, invade e divide o espaço com carros e caminhões.
No nosso segundo dia de viagem, aproveitamos para almoçar em Rishikesh, às margens do Rio Ganges, onde conhecemos um pouco mais da cultura e costumes hindus, além de curtir a beleza de um dos rios mais famosos e importantes do continente asiático.

O Ganges é considerado sagrado pelos hindus e ao longo de suas margens é possível encontrar muitos centros de peregrinação e templos religiosos. No pouco tempo que ficamos em Rishikesh, perambulamos entre vários templos. E ainda curtimos o visual do rio, cheio de pessoas se banhando em suas águas sagradas e reverenciando os seus deuses. rio ganghi 05-121
Após dois dias de viagem e muita tensão, ou melhor diversão, chegamos em Ramnagar para passar a noite e esperar um jipe que pela manhã nos levaria para dentro do Corbett Tiger Reserve onde pretendemos curtir mais um pouco das belezas naturais da região. Mais aventura com certeza.

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