Nosso próximo destino na Índia é o Rajastão, terra dos marajás, fortes e desertos. Começamos pela cidade de Jaipur, capital do estado e ponto de partida para outras cidades.
Quando saímos da ferroviária foi aquela surpresa… parecia que estávamos na Índia :-) Muito barulho, poluição, motorista de rickshaws tentando fazer uma grana com os turistas, simplesmente o caos na terra. Mas já acostumados com os ‘desafios’ cotidianos, deixamos as malas na pousada e fomos desbravar a cidade.
A cidade velha de Jaipur é toda fortificada, mas com o crescimento rápido e desorganizado, as paredes da fortificação são quase imperceptíveis, escondidas entre prédios e inúmeros mercados que surgiram à sua volta. Nós tiramos o dia para passear por estes mercados.
O artesanato do Rajastão é muito famoso na Índia e também conhecido internacionalmente; trabalhos em madeira, metais, couro, tecelagem, pintura… Eta povo habilidoso! Os labirintos de corredores dos mercados da cidade são, provavelmente, o melhor lugar para conhecer um pouco deste talento e ao mesmo tempo aprimorar a arte da pechincha que por aqui não só é algo importante mas também questão de sobrevivência.
No entanto, a parte histórica não se resume a mercados e existem monumentos espalhados por toda a cidade. O Hawa Mahal merece destaque, construído em 1799 pelo Marajá Sawaj Pratab Singh, chama atenção por sua beleza, sendo um bom exemplo da arte Rajput, e também por sua história.
As mulheres da família real eram proibidas de se misturar com a sociedade e principalmente com outros homens, assim, o Hawa Mahal foi construído para que elas pudessem observar a vida alheia e participar das manifestações populares que aconteciam por lá.
O prédio é composto por inúmeras varandas cujas paredes foram esculpidas em formato de colméias. Assim, a vida interior do palácio era preservada e ao mesmo tempo, oferecia uma visão única das ruas e cotidiano da cidade para quem estava do lado de dentro. E para nós, a introdução perfeita da cultura e arquitetura Rajput.
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