terça-feira, 9 de novembro de 2010

Primeiro dia em Petra

O indicado é iniciar a caminhada pelo parque bem cedo, já que na região a temperatura chega facilmente a 40 graus. Não foi bem assim o nosso primeiro dia, mas sabe como é, dizem que curiosidade mata e de maneira alguma quisemos arriscar…

Atravessamos o portão de acesso e já entramos no clima. Os enigmáticos beduínos estão presentes por todos os lados, conduzindo cavalos e até charretes ou táxis, como eles dizem, esses, destinados às pessoas com dificuldade de locomoção. Ao longo da caminhada começa-se vendo os primeiros buracos cavados nas pedras. Só depois dessa pernada inicial é possível começar a entender porque Petra é um lugar magnífico.

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Os paredões de pedras amarelo-rosados, repletos de fendas são de tirar o fôlego. E lá estávamos nós, distraídos, tirando fotos até do vento, quando de repente, tcharam tcharam…  uma das visões mais estonteantes é desvendadas através de uma fenda.  Bem vindo ao Tesouro, mais conhecido localmente como Khazneh. O nome Tesouro vem da crença local de que um faraó egípcio escondeu seus bens preciosos no topo de umas das urnas internas. O tesouro de fato nunca foi descoberto, mas certamente, eles não poderiam ter escolhido um nome melhor.

Curtimos intensamente nossa chegada ao Tesouro e de lá, seguindo novamente a sugestão do ‘companheiro’ de viagem Lonely Planet, embarcamos numa trilha vertical rumo ao Lugar do Sacrifício localizado beeem no alto da montanha. Imaginem a cena, aquele sol ’ardido’ e eu sem fôlego, com meio metro de língua pra fora, um vexame! Fui ultrapassada por várias tribos de todas as idades, inclusive uma infinidade de mulinhas ‘obreiras` - se é que vocês me entendem… eu precisava mencionar os ‘detalhes verdes’ espalhado por todo degrau. É o que dizem na minha terra, cagando e andando’.

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As mulas são o principal meio de transporte em linha reta e principalmente montanha acima. É uma graça ver a destreza das bichinhas subindo o morro e se espremendo nos barrancos na maior categoria. Devagar e sempre, assim foi o ritmo feliz dessa caminhada, repleta de personagens interessantes, com direito a barracas de artesanato local e até chazinho nas alturas. Um luxo, né não meu rei?

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Fim da linha. Só falta agora atravessar umas pedras gigantes para encerrar o dia com chave de ouro. Eu tenho medo de altura e foi uma novela para o Fernando me convencer a atravessar o tal lugar… mas que bom que ele insistiu. Lá de cima foi possível avistar uma das principais ruas de Petra e seus turistas formiguinhas, além de intermináveis vales de pedra amarelo-rosa, sob um céu azul de brigadeiro e sol de luz dourada... Capiche? Lugar do Sacrifício. Entendi, valeu a pena todo o sacrifício, ah se valeu!

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