quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um lugar chamado Auroville

Auroville não pertence a ninguém em particular, pertence à humanidade como um todo. Para se viver em Auroville é necessário ser o servidor voluntário da Consciência Divina. Esta cidade será o lugar de uma educação sem fim, de progresso constante, e de uma juventude que nunca envelhece; a ponte entre o passado e o futuro, um lugar de pesquisas materiais e espirituais”. A Mãe

Auroville é um município experimental projetado pelo arquiteto Roger Anger, localizada no distrito de Viluppuram, no estado de Tamil Nadu, próximo a Puducherry no sul da Índia. Foi fundada em 1968 como um projeto de Sri Aurobindo e Mirra Alfassa, "A Mãe", que era sua colaboradora espiritual. O desejo da Mãe é que essa cidade experimental contribuísse significativamente no "progresso da humanidade rumo ao seu futuro esplêndido, reunindo pessoas de boa vontade e aspiração por um mundo melhor." A Mãe também acreditava que essa cidade universal também contribuiria para o renascimento indiano. O município também conta com o apoio da Unesco. 

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Na cerimônia de inauguração em 28 de fevereiro de 1968, representantes de 124 países e de 23 estados indianos colocaram numa urna no formato de flor-de-lotus, uma mão cheia de terra de seus respectivos países de origem. Um ato simbólico de união humanitária. O propósito de Auroville é ser uma cidade universal onde homens e mulheres de todos os países são capazes de viver em paz e harmonia progressiva, acima de todos os credos, toda a política e todas as nacionalidades. O propósito maior é realizar a unidade humana.

Auroville é uma mistura dos ideais de igualdade humana e evolução espiritual e uma realidade intrigante para o restante do mundo. Já são aproximadamente 90 assentamentos divididos entre áreas de socialização como cozinha comunitária, biblioteca, anfiteatro etc e comunidades de tamanhos variados, somando mais de 2 mil habitantes de aproximadamente 40 nacionalidades, sendo que dois-terços dos ‘aurovilianos’ são estrangeiros. O que certamente atrai criticismo de fora; seriam esses estrangeiros um bando de gringos excêntricos, vivendo num condomínio rústico no meio do caos com propósitos espirituais? Para alguns sim, mas talvez não para todos.

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A pequena cidade é mantida com doações privadas e apoio de organizações nacionais e internacionais. Os moradores estão envolvidos num variado leque de atividades, que vão de pesquisas na área econômica, regeneração ambiental, agricultura orgânica e permacultura, energias renováveis, tecnologia de construção, desenvolvimento de comunidades, artesanato e desenvolvimento industrial em pequena escala para a comunidade local, saúde, educação entre outras.

O sonho de se construir uma nova proposta de cidade para o futuro, também atrai arquitetos e estudantes de arquitetura de todo o mundo desde o final dos anos 60. Não estar vinculado às convenções tradicionais do processo de criação e construção, vêm permitindo uma infinidade de expressões arquitetônicas ao longo do desenvolvimento de Auroville.

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