Levando-se em consideração que o calendário local assim como o indiano, são diferentes do nosso, prever sua data com antecedência é ‘missão’ para astrólogo profissional. Primeiro, os festivais são regidos pelo calendário lunar e suas datas variam anualmente. Cada ciclo lunar é dividido em brilhante e escuro, e então subdivididos em quatorze dias lunares. Cada um desses dias tem um nome, por exemplo; astami é o oitavo dia, purnima é a lua cheia e aunshi a lua nova. Para complicar ainda mais, os festivais lunares são sempre direcionados a uma determinada data que compreenda a ‘metade’ do ciclo brillhante ou escuro do respectivo mês. Pé de Cachorro também é conhecimento! hehehe…
Pois então, seja brilhante ou escura o fato é que tivemos a oportunidade de acompanhar parte do festival de Tihaar, mais conhecido no ocidente como o Festival das Luzes, o qual tem grande repercursão em todo país e dizem ser também o maior evento hindu na Índia, onde recebe o nome de Diwali.
Com duração de cinco dias, o evento começa dois dias antes da lua nova e é associado a Lakshmi, a deusa da prosperidade e fortuna e Yamraj, o deus da morte. No primeiro dia, reserva-se uma oferta de comida numa folha de árvore e deixa-se do lado de fora da casa. Esta será uma oferta ao corvo, considerado o mensageiro de Yamraj. No segundo dia, honram-se os cachorros, considerados os protetores de Yamraj, com ‘tika’ (o terceiro olho), guirlanda de flores e comidas especiais. No terceiro dia é a vez das vacas, símbolo de Lakshmi e guia espiritual do ‘mundo secreto’ de Yamraj receberem suas guirlandas.
Na noite do terceiro dia acontece o momento mais pitoresco do festival, quando famílias em todo o país regam suas casas com óleos perfumados, acendem lâmpadas, velas e luzes coloridas para guiar Lakshmi às suas casas, para que então ela possa abençoá-los com prosperidade para o próximo ano. Este dia marca também o início dos grupos de dança, principalmente nos vilarejos e comunidades rurais. Grupos de mulheres, jovens e crianças reunem-se ao anoitecer na vizinhança para a cantoria e dança local. Em troca, no final da apresentação recebem um ‘agrado’ do anfitrião. Esse dinheiro será usado para um lanche para as crianças ou no caso das mulheres, para a compra de um bem comum à comunidade local.
Para alguns, o quarto dia fica mais reservado à reflexão e realização de rituais privados e também comemoração do Ano Novo, embora não seja comemorado por todos é um dia festejado com mensagens de prosperidade e procissão de motos nas principais cidades do país. No quinto dia, conhecido como Bhaai Tika, irmãs relembram o mito de Jamuna, que enganou Yamraj e postergou indefinidamente a morte de seu irmão, através de sua benção, com a oferenda de tika, doces e as tradicionais guirlandas de flores.
Fonte: The Rough Guide Nepal
Gente, acho que aprenderei com mais rapidez, japonês em braile, do que como funcionam os festivais daí. Mas apesar de não ter entendido direito, achei o máximo, viu? Principalmente o fato de vocês terem conseguido aprender. E viva vocês!!!!! E que mundão mais lindo, em gente!? Tô adorando tudo. Beijos com muita alegria.
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